sábado, 27 de setembro de 2025

A Teoria do Banheiro

Em qualquer contrato, obra ou empresa, sempre existe um sinal silencioso que mostra se as coisas estão indo bem ou se já começaram a desandar. Esse sinal não aparece no cronograma, no relatório financeiro ou na ata de reunião. Ele aparece onde ninguém espera: no banheiro.

É exatamente isso que define o Teorema do Banheiro:

“Quando as coisas não vão bem, o banheiro é o primeiro a denunciar.”

O início da decadência

Quando tudo está no eixo, o banheiro é impecável: papel toalha à disposição, sabonete líquido cheio, descarga funcionando, cheiro neutro. Parece até exagero, mas é um retrato da boa gestão.

Só que, quando os problemas começam a se acumular, os sintomas aparecem primeiro ali:

  • Papel higiênico que acaba e ninguém repõe.

  • Sabonete líquido vazio há dias.

  • Pia entupida, luz queimada, lixeira transbordando.

  • E aquele cheiro que anuncia: “o contrato já está fedendo também”.

Por que o banheiro?

Porque o banheiro é o espaço mais democrático do ambiente de trabalho: todos passam por ele. Se ele está bem cuidado, significa que existe atenção ao detalhe e respeito coletivo. Se está largado, é porque a disciplina já foi embora — e o resto inevitavelmente vai seguir o mesmo caminho.

No fundo, não é sobre o banheiro. É sobre o reflexo da cultura.

  • Se não há zelo pelo básico, o que esperar do complexo?

  • Se não há disciplina na limpeza, como esperar rigor no cronograma?

  • Se o coletivo está abandonado, o contrato logo vai pelo mesmo ralo.

Experiências pessoais

O Teorema do Banheiro não é só teoria. Já vivi isso na prática:

  • Universidade Gama Filho (UGF): eu frequentava a instituição quando percebi que os banheiros começaram a não ter nem portas nas cabines. Papel e sabonete? Zero. Ali ficou claro para mim que o caminho da universidade seria fechar as portas. Seis meses depois desse insight, a UGF entrou em falência total.

  • Uma obra promissora: em outro caso, acompanhei uma obra que no início era um exemplo de organização. Banheiros limpos, sabonete líquido, tudo perfeito. Meses depois, o banheiro até continuava limpo, mas já não havia espelhos, o papel para enxugar as mãos tinha desaparecido e entupimentos de vasos não eram reparados. Era o prenúncio de que o ritmo exemplar tinha ficado para trás.

Esses dois casos mostram um pouco do que quero dizer. Um foi ao extremo e faliu já o outro, mostra o porque haver tantas mudanças na gestão da obra para adequar a um suposto orçamento comprometido.

Aplicações do teorema

O Teorema do Banheiro funciona como um barômetro prático:

  • Em obras: indica o clima entre contratante e contratado.

  • Em empresas: revela se a cultura organizacional está saudável.

  • Na vida pessoal: até em casa, um banheiro malcuidado denuncia que algo maior não vai bem.

Conclusão

Relatórios podem ser maquiados. Prazos podem ser renegociados. Mas o banheiro não mente.

Quando ele começa a ser “largado de lado”, o Teorema do Banheiro se cumpre: há um colapso maior a caminho.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A Teoria do Combo Mortal do Contrato

Às vezes, o mundo dos negócios parece seguir suas próprias leis implacáveis — como se fosse regido por uma matemática cruel. Foi pensando nisso que formulei o que chamo de Teorema do Combo Mortal do Contrato. São fatores internos e externos que, juntos, compõem o combo. O teorema não considera de quem é a culpa mas sim os efeitos das ações.

Não é apenas uma metáfora: é um conjunto de condições que, quando presentes ao mesmo tempo, formam uma equação inevitável de dor de cabeça, prejuízo e frustração.


Exemplos de elementos do combo

1. O cliente que não paga
O calote ou o atraso prolongado é o gatilho inicial. Desde julho, nada de pagamento. É como tentar correr uma maratona sem água: cedo ou tarde, o corpo para.

2. Os recursos que somem
No meu caso, os sensores da obra foram danificados — e o fornecedor, sufocado por tarifas americanas, não tem estoque. Resultado? O trabalho fica tecnicamente inviável.

3. O tempo que esgota
O contrato se aproxima do fim, mas ainda há muito serviço a entregar. Pior: o cliente não responde a contento, como se estivesse à deriva.

4. O ambiente que colapsa
Se até os escritórios sofrem mudanças constantes e os banheiros já não têm papel para enxugar as mãos, o recado é claro: a estrutura está se deteriorando.


A demonstração

Coloque esses quatro elementos juntos e você terá a prova do teorema:

  • Sem pagamento, não há sustentabilidade.

  • Sem equipamentos, não há entrega.

  • Com o tempo contra, a margem de negociação evapora.

  • E se até o ambiente físico desmorona, que esperança sobra para a gestão contratual?

Quando esses fatores se alinham, não se trata mais de um problema pontual. É a configuração perfeita do fracasso anunciado.
É o Combo Mortal do Contrato — um alerta para qualquer profissional que acredita que só boa vontade basta para manter acordos de pé.


Conclusão e provocação

Contratos não morrem de repente. Eles adoecem em silêncio, mostrando sinais claros: atrasos, falhas, descaso, desordem. Reconhecer esses sintomas cedo pode ser a diferença entre renegociar um acordo e assistir, impotente, à implosão do projeto.

E você, leitor: já presenciou um Combo Mortal do Contrato na sua carreira? Como sobreviveu a ele?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

A Importância da Relação Cliente x Fornecedor

Pessoas, o assunto hoje é mais para o lado profissional

Normalmente vocês são cliente ou fornecedor? Eu, por exemplo, sou fornecedor. Obviamente somos clientes também mas o foco é na relação entre empresas.

A empresa a qual eu trabalho possui diversos contratos pelo Brasil. Quatro deles com uma mesma empresa. Esta empresa passou por problemas ambientais sérios nos últimos anos e vem, ao longo do tempo, adotando medidas para mitigar todos os problemas que ocorreram. 

Embora tenham diversas políticas de relacionamento com o fornecedor tais como periódicos institucionais, premiações, portal de transparência e etc, PARECE que estão esquecendo do mais importante; Será que estou dando condições do meu fornecedor trabalhar e se desenvolver? Essa questão surge quando você faz análise de desempenho in loco com todos os outros fornecedores e tem como resultado que nenhum deles consegue ter aderência ao plano de trabalho projetado. Não são casos pontuais!

Na minha opinião, a empresa em questão (todas elas na verdade) precisa rever seus programas e procedimentos. Se não fazem, deveriam ouvir feedback dos fornecedores. A burocracia é tão grande mas tão grande que já está inviabilizando o serviço da maioria dos fornecedores. Muitas das empresas prestadoras de serviço podem estar no limite de quebrar.

Ficando claro que a vida vem em primeiro lugar e tirando os problemas das próprias empresas prestadoras de serviço, é possível pontuar alguns fatores que contribuem para baixa performance e, consequentemente, baixa geração de receita do contrato:

  1. Equipe de fiscalização terceirizada mal preparada. Fiscais que não conhecem o contrato de forma macro e decidem soluções por conta própria e depois não querem assumir;
  2. Excesso de mudança em procedimentos que interrompem a produção antes mesmo de estarem oficialmente registradas.
Poderia enumerar diversos outros problemas mas esses dois, ao meu ver, são os mais críticos. O primeiro porque a preparação de uma demanda requer uma logística contemplando planejamento, ferramental, equipe, equipamento, apoio de terceiros (como caminhão pipa, por exemplo), documentação e etc até que você chega para trabalhar e mudam tudo em desacordo com o planejado, e com o contrato, e querem que seja executado com a mesma produtividade esperada do planejado. Mudam a metodologia da especificação técnica e querem o mesmo resultado. Isso quando não entram questões de relacionamentos entre as empresas.

O segundo está associado a mudanças de procedimentos, quaisquer que sejam, da empresa frente ao previsto no contrato. Essas mudanças impactam diretamente no andamento das atividades e, consequentemente, na geração de receita. Além disso, muitas dessas mudanças também causam impactos no custo não previso do contrato causando desequilíbrio econômico-financeiro e que acaba virando motivo de discussão de aditivos, pleitos e etc.

Por fim, não menos importante, cabe ressaltar que os canais de comunicação sempre estiveram abertos e, se tratando de empresas enormes, mesmo que demore, muitas vezes as reclamações e/ou sugestões acabam sendo ouvidas e tratadas. É muito importante ter um bom relacionamento interpessoal, respeitando as instituições, e que ajude ambos a caminharem para frente. No final das contas, um não anda sem o outro. Fornecedores e Clientes estão abraçados e juntos mais do que imaginam.

=)

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Meu psicológico está fudido

Meu psicológico está fudido.

Em 2021 resolvi fazer terapia. Sempre fui do time que achava que não precisava (não é o time "isso é coisa de maluco). Descobri que precisava e MUITO.

É um caminho sem volta e um trabalho de longo prazo. Tem me ajudado bastante em muitas coisas mas essa transformação tem me deixado muito próximo da linha da exaustão.

Percebi que coisas que antes não me incomodavam (eu acho) agora possuem peso dobrado e eu não estou sabendo, ainda, como lidar com isso.

Iniciei o ano feliz e pronto para dar tudo de mim com minha família, no trabalho, com meus amigos e, de 31/12 pra cá, só levei porrada. Essa postagem não é para ser algo como autopiedade mas precisava desabafar em algum lugar além da terapia. Como ninguém lê aqui mesmo não me importo de me expor (acho que mesmo que aqui fizesse sucesso hahaha).

Tem tanta coisa passando pela minha cabeça que não sei nem por onde começar a organizar minhas ideias. Tudo por causa de um acontecimento logo no primeiro dia útil de 2022. Acabou com meu dia e humor.

A angústia é uma merda. Mas a falta de motivação.. essa é cruel.

Bem, é isso. Espero que se um dia eu atualizar aqui novamente seja com boas notícias.

=)

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Economia louca

Economia é sempre uma questão delicada... relendo minhas postagens achei uma do dia 10/06/2009 onde, totalmente revoltado, reclamada de uma churrascaria cobrar R$22,90 pelo rodízio e "salgados" R$4,95 pelo refrigerante!!! Ai hoje você pensa "ah se fossem os preços de hoje..." Link da postagem: http://tonhaodm.blogspot.com.br/2009/06/alou-alou.html Hehehehehehehe

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O que você quer?

O que nós queremos? Aliás, o que você quer?

Eu gostaria muito de saber o que eu quero... Quer dizer eu sei o que eu quero mas será que realmente sei?

É eu não sei.. muitas dúvidas poucas certezas ou nenhuma... dizem que isso é viver. Talvez seja.

Na verdade esse post é só para dizer que atualizei alguma coisa.

Ah sim também quero desabafar que o comportamento das pessoas é pra deixar qualquer um louco. Eu tento, por mais difícil que seja, ser simpático logo pela manhã e o que recebemos em troca? Pouco caso, resmungos e hostilidades. Ontem ao chegar para trabalhar quatro pessoas conversavam na porta do prédio. Ao passar dei bom dia para todos em resposta ouvi apenas um bom dia e três pessoas conversando como se eu não existisse... e olha que eu sou grande e passei no meio desse grupo que formava praticamente um corredor polonês na portaria!!!!

Aha!! Acho que já sei uma coisa que eu quero... mais cordialidade, com certeza. Mas parece que é muito difícil.. talvez tenha que fazer algum curso específico, sei lá.

Semana retrasada um rapaz bateu na traseira do meu carro na Linha Amarela. 17:40 e aquele trânsito lento e buuuum. O rapaz, muito simpático, obviamente reconheceu o erro, fizemos o BRAT e tudo mais. Me mantive calmo o tempo todo.. aguardei o tempo para o BRAT ser liberado e isso já aconteceu e agora adivinhem o que se passa??? Pois é, não consigo nem falar com o rapaz e a empresa fica me transferindo de um setor para o outro e ficam de me retornar e nada. Ah sim, o carro era de uma empresa que acho, distribui Halls nos cliente. Vamos ver o que acontecerá nos próximos dias porém, fica aquela sensação do "bomzinho só se fode...".

Um beijo e um queijo :)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

BRT - #chupaturmadocontra

Ouvi tanta gente falando mal e outras tantas falando bem e hoje eu resolvi testar o nosso novo sistema de transporte público; o BRT.

Como primeira impressão, estou completamente satisfeito com o serviço. Embarquei na estação Barra Sul/Pontões em direção a Alvorada.

Da bilheteria até o "alimentador" tudo foi show de bola. As pessoas foram prestativas e educadas, o sistema de recarga, com opção de usar cartão de débito, funcionando direito. As estações impecávelmente limpas e bonitas com monitores mostrando o tempo de chegada do próximo ligeirão.

Como vinha para o início da Barra, ao chegar na Alvorada nós temos a opção, sem pagar a mais, de pegar o tal do "alimentador" que nada mais é do que um ônibus que vai até o largo da Barra e volta.

Em suma não consegui ver como conseguem falar mal. Claro que existem melhorias a serem feitas (na estação Americas Park o ônibus parou e a porta da estação não abriu) mas de uma forma geral o sistema é muito eficiente e por isso eu digo, #chupaturmadocontra que só sabe falar mal sem ao menos saber, de fato, o que está dizendo.

Se isso irá durar depois da Copa e Olimpíadas já são outros quinhentos. Mas até lá ponto para o novo sistema e se continuar, será uma goleada pra cima da turma do contra.

É isso. Obrigado pela leitura mas o próximo BRT já vai chegar. Fuuuuuuuuiiiiiiiiii

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Para descontrair

Loguei hoje no meu blog e recebi essa msg:

Bolinhos 1867 pageviews - 52 postagens, última publicação em 27/02/2012 - 20 seguidores Ai resolvi clicar nas estatísticas e descobri esses dados:

Visualizações de página por navegador:
Internet Explorer 7 (38%)
Chrome 6 (33%)
Firefox 5 (27%)

Visualizações de página por sistema operacional:
Windows 16 (88%)
Linux 2 (11%)

Visualizações de página por país Brasil 12
Estados Unidos 3
Alemanha 2
Letônia 1


Véi, na boa... Letônia!!! VÉI!!! LETÔNIA!!!! hAUhaUhAUhAUaHuAHuAHuaHuaHuaHUA Das duas uma... ou alguém ta usando proxy ou alguém na Letônia procurou por algo que tinha no meu blog... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Primeira experiência no Engenhão

Bom dia pessoas. Como passamos muito tempo reclamando de tudo e quase nunca reconhecendo o que há de bom, resolvi postar sobre minha primeira experiência no Engenhão. Vale lembrar que já conheci diversos estádios pelo Brasil e não farei aqui uma comparação com outros. Sempre ouvi da maioria das pessoas que o Engenhão é uma merda e que o Maracanã tinha que ficar pronto logo e etc. Pois bem resolvi assistir a final da Taça Guanabara 2012 entre Vasco x Fluminense e, de quebra, ainda levei meu irmão que nunca havia visto o Vasco jogar ao vivo. Depois de uma dica de um botafoguense acostumado a ir a jogos, cheguei por volta de meio dia ao Norteshopping onde pude estacionar com calma e sem problemas. Lá no shopping encontrei com um velho amigo e companheiro de arquibancada. Almoçamos no La Mole e partimos a pé para o estádio. No caminho tudo correu na mais completa paz com vascaínos e tricolores andando lado a lado para o mesmo lugar. Muitos, inclusive, eram da mesma família. Aliás, esse foi outro grande momento onde pude perceber (não ia a jogo desde 2007) um aumento significativo de famílias no estádio: pai, mãe, filhos... todos juntos. Pois bem seguimos andando e o caminho todo estava bem policiado e, tanto PM quanto GM, todos pareciam tranquilos com relação as torcidas. Policiais e guardas dando informações e sendo educados com os torcedores foi algo bacana de se ver. Chegando na entrada do Vasco já havia uma pessoa com a placa indicando a entrada correta para o setor ao qual havia comprado o ingresso. Segui sem problemas até a catraca onde TODAS funcionavam perfeitamente e possuíam pessoas com coletes do www.futebolcard.com. Como eu havia comprado o ingresso pela internet, bastou passar o cartao de credito direto na roleta e pronto já estávamos dentro do estádio. A longa rampa de subida foi compensada com uma vista privilegiada do campo e banheiros limpos!!!! Com cadeiras altas ficou muito mais confortável de ficar sentado e para levantar e cantar também. Claro que nem tudo são flores e algumas pessoas ainda não entenderam que essa marra de torcida organizada vem sucumbindo com as próprias agremiações. Ali as pessoas não querem nem saber passam onde não tem espaço, pisam nas cadeiras e por ai vai. Começa o jogo e ai como em qualquer lugar a torcida fez seu papel cantando, vibrando e se divertindo. Infelizmente o resultado não foi o esperado e o Fluminense não quis nem saber e sapecou um 3x1 e se tornou campeão de um torneio que não vencia desde 1993. Parabéns. No intervalo de jogo eu resolvi sair da muvuca e fui para uma parte mais calma da já lotada arquibancada. Ah! os banheiros continuavam limpos!!!! hahahahahaha Saí um pouco antes da partida terminar (o gol do Vasco foi assim que eu desci as rampas) para evitar as clássicas muvucas e confusões de saída de jogo.. ainda mais quando seu time perde. Caminhamos tranquilamente até o shopping onde pudemos nos recompor do calor bebendo água e refrigerante sem o assalto que é no estádio. Acreditem lá um copo d'água Montanha (que é uma das marcas mais baratas que tem no mercado) custava R$3,00 e uma lata de refrigerante R$5,00... Ah! e a cerveja, proibida nos estádios, custava R$6,00 na arquibancada. É isso ai pessoas, acho que posso parabenizar os torcedores que se comportaram. Com isso ganham todos. Parabéns também para os envolvidos direta e indiretamente na organização do evento pois acredito que tudo tenha saído dentro do esperado ou pelo menos a maior parte. Saudações Vascaínas e até a próxima! :)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

É proibido perder venda.... até quando?

Pessoas bom dia, Tem um tempo que não atualizo isso aqui mas hoje me deu uma vontade de saber o que vocês pensam sobre como somos tratados pelos vendedores de lojas. 
Semana passada entrei na Ricardo Eletro do NYCC para pesquisar preço de geladeiras... cheguei na loja.. fui até as geladeiras e comecei a olhar os preços. Precavido, já havia consultado preços pela internet. Como eu sempre acreditei que pessoalmente podemos conseguir melhores negócios então sempre dou uma passada em duas ou três lojas antes de comprar pela internet. Pois bem.. o tempo foi passando e NENHUM vendedor apareceu.. assim como no natal, pareciam mais preocupados em vender televisões do que os outros produtos da loja. Quando eu estava saindo ai sim veio um vendedor perguntar se já fomos atendidos. A minha vontade foi de dizer "- agora é tarde" mas resolvi dar uma chance. Como eu estava um pouco sem paciência eu fui direto ao assunto e falei: - Essa geladeira aqui custa R$1399 na americanas e aqui tá R$1799.. tem alguma coisa que você possa fazer? Vendedor: - Não! Responde o vendedor para em seguida emendar: - Na internet eles não pagam aluguel, comissão de vendedor, não temos como bater o preço de lá. Eu: - Mas não há nada? Um desconto, uma parcela a mais sem juros... Vendedor: - Não! Fiquei pensando depois "mas não era proibido perder venda?" Esse caso foi recente mas não foi o único. 
Um ano atrás estava pesquisando a compra de um rádio para meu carro e situação de intransigência também ocorreu na loja da Sony no Barrashopping. Foi aquela velha situação: Produto no mostruário mas sem unidade no estoque. Eu não sou gerente, administrador nem nada mas penso que, se você não têm o produto, não anuncia. Bem o vendedor dessa loja foi muito bacana e tentou ao máximo fazer a venda do produto no mostruário porém, dessa vez, quem dificultou as coisas foi o próprio gerente da loja. Num primeiro momento ele disse que a empresa, Sony, não permite venda do mostruário. Depois disse que se fosse comprar à vista ele me daria 10% de desconto por ser mostruário ai foi quando eu disse: - Não.. esses 10% de desconto você me dá por comprar à vista. O desconto do mostruário tem que ser outro. Resultado? Comprei meu som no Walmart.... 
Uns três, quatro anos atrás, quando fui morar sozinho com minha esposa, fui na Casas Bahia do Recreio Shopping comprar as mobílias para casa... armários, cozinha, sofás... Quando a conta fechou deu R$2200 e eu perguntei para a vendedora quanto sairia se eu fosse pagar em dinheiro eis que ela me diz espantada: - Ué, o mesmo valor. Eu: - Mas isso você não pode fazer. Você não pode me cobrar o mesmo valor em dinheiro e no cartão pois se eu estiver pagar em dinheiro sem desconto, significa que eu estou pagando por um serviço que não estou utilizando. Vendedora: - É mas aqui não dá desconto. Eu: - Bem.. sorte sua que eu vou pagar no cartão pois seria uma venda perdida por causa disso. É minha gente.. por ai vai... em concessionária de veículos é a mesma coisa.. ao menos na Citroen e Renault...... e por ai vai.
Será mesmo que os vendedores, gerentes, etc estão nos fazendo um favor em vender? Será que nossa inversão de valores está num caminho sem volta? No natal esnobam a gente dentro da loja.. ignoram, riem da nossa cara quando pedimos desconto.. ai no resto do ano pedem pelo amor de D-us para comprarmos? Ficam chorando pelas tabelas pq cada vez mais as pessoas optam por comprar pela internet ao invés de comprar nas lojas? Depois reclamam da falta de emprego e oportunidades.. ao invés de se reinventarem, apenas deixam as coisas passarem e quando se derem conta, já era. Paz. :) ___________________________________________________________________________________

Hoje, 21/12/21, nem sony, nem ricardoeletro nem walmart existem mais nesses lugares!!!!