terça-feira, 28 de julho de 2009

Reflexão.... ou não

Ontem quase fui atropelado e, ao gritar "olha o sinal!", ganhei um sonoro "FODA-SE!" da marginal, bandida e filha da puta da pessoa que dirigia o carro(pq chamar de motorista é, no mínimo, um elogio).

Fico pensando pq somos tao cordeirinhos sendo levado no rebanho simplesmente "obedecendo" a tudo que é imposto sem reclamar sem fazer nada?
E digo "somos" pq eu tb me incluo nesse rebanho.....

No caso relatado acima nao teria muito que fazer.... mas e em outros tantos casos? O que será que falta? coragem? força de vontade? ou tudo isso junto e misturado?

Ja pensei em parar com uma filmadora e uma camera digital em um cruzamento polemico no Recreio mas fico pensando se vai dar em algo.. afinal o cruzamento tem um "mini" copor de bombeiros.. costuma até ter PM.. mas TODO mundo que faz bandalha continua fazendo........
Hora se com isso eles fazem.. cmg provavelmente vao sair do carro e querer arrumar confusão e quem irá me defender? o Chapolin Colorado? ........ pois é..............

Sinto que isso tudo tem me consumido muita energia.. as vezes penso em passar por cima disso tudo mas nao consigo.. nao eh da minha natureza... tento fazer minha parte mas tudo conspira contra.. a ponto de qdo vejo algo certo fico empolgado como se o Vasco tivesse ganhado um campeonato... como o Vasco nao tem ganhado a mesma proporção fica paras coisas certas eu vejo.....................

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Ah! hj eu vim para o trabalho nos novos ônibus da Amigos Unidos(um milagre diga-se de passagem) da linha 175 Central-Recreio via L. Amarela....
Ta vc pode pensar "e...?" e eu digo: E ae que eh com novo formato interno para deficientes, idosos, gestantes, criança de colo e...... OBESOS! :D

Agora eu tenho banco ou melhor, sofá preferencial!!!! sim o banco reservado aos obesos sao 2 em 1... KKKKKKKKKKKKKK :D

Agora soh ando em pé se o banco estiver ocupado com alguem que se enquadre no uso preferencial! Ho Ho Ho!

Nem sei mais se quero emagrecer... LOL


É isso ae pessoal.. That's all folks!

Até qualquer dia!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Bolinhos da Tarde

Pessoas!

Só pra atualizar mesmo! hehehehe

to aqui quebrando a cabeça para fazer algo decente pelo site novo da empresa... mas me falta um pouco de conhecimento... alias faltava mais.. soh q nada como um bom youtube para ajudar neh?!

:D

Bolinhos da Manhã

Olá Amiguinhos!

Eu estou feliz!

Sei la.. as vezes a gente fica assim do nada.. e que bom! hehehehe

Eh isso.. mais posts no Bolinhos da Tarde

quarta-feira, 1 de julho de 2009

AFINIDADE

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.

Arthur da Távola